07/10/2015

Uma Fábrica de Conservas

Matosinhos - Fabrica de conservas Lopes,Coelho Dias & Ca
A antiga "Real Fábrica a Vapor de Conservas Alimentícias", pertencente de início à empresa "Lopes, Coelho Dias & Cª" que tinha sido criada e estabelecida durante os anos 60 a 80 do séc. XIX na R. de S. Pedro de Miragaia, no Porto (com a sua fábrica "Especial Fábrica a Vapor de Conservas Alimentícias Lusitana"), como uma sociedade em comandita na qual o Sr. José Coelho Dias era o sócio comanditário (natural de Espinho,) e o Sr. Joaquim Antonio Lopes era o sócio comanditado e gerente, foi a 1.ª fábrica de conservas que se estabeleceu em 1899 no Areal do Prado junto à futura R. Guerra Junqueiro (o prolongamento da então já R. Brito Capelo desde 18/12/1890 e delimitada a sul pela futura R. Sousa Aroso (no Areal do Prado, em Matosinhos Sul).
Foi construída de raiz com instalações modelares, numa área de 14000 m2 e foi considerada uma das maiores deste ramo da indústria alimentar na Península Ibérica.
Antes de 1929, passou a ser uma sociedade por quotas, a "Conservas Lopes, Coelho Dias, Lda.".
Foi um dos exemplos da interação em Matosinhos entre a indústria e as vias de comunicação, pois o elétrico da Linha Marginal passava à sua porta e a linha ferroviária do Ramal de Leixões passava junto às suas instalações desde 1895 a caminho dos Apeadeiro do Prado e do Sua-Prado facilitando o transporte das suas exportações.
Em 1941, a "Conservas Lopes, Coelho Dias, Lda." acabou por encerrar e as suas instalações foram compradas pelo industrial Adão Pacheco Polónia que manteve a fábrica em funcionamento até cerca de 1965.
Em meados de 1999, as suas instalações, abandonadas há mais de 30 anos, começaram a ser demolidas para dar lugar a uma urbanização no âmbito do plano de recuperação urbana da zona sul de Matosinhos.

Texto de José Rodrigues
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