3 de fevereiro de 1927 - quando se abriram trincheiras na cidade do Porto
Há exatamente 90 anos eclodiu no Porto a primeira revolta contra o
governo da Ditadura Militar de Òscar Carmona que tinha tomado conta do
país na sequência do golpe de 28 de Maio 1926. Nela participaram
diversas forças políticas e militares republicanas, a que se uniram
numerosos civis, nomeadamente comunistas (do recém-criado PCP) e
anarco-sindicalistas da CGT. O plano era que após o levantamento militar
do Porto, a revolta deveria alastrar a Lisboa, onde as unidades
militares aderentes, apoiadas pelos civis mobilizados pelas organizações
operárias e democráticas O comité revolucionário do Norte era liderado
pelo General Sousa Dias e era ainda constituído por Capitão Sarmento
Pimentel, Jaime Cortesão, Comandante Jaime de Morais, José Domingues dos
Santos e Raúl Proença.
A revolução iniciou-se no dia 3, com a saída do Regimento de Caçadores 9, a que se juntaram diversos outros regimentos da região Norte. Os revoltosos dirigiram-se para a Praça da Batalha e aí ocuparam os principais edifícios governamentais. O Porto é cercado pelas tropas do governo e sujeito a bombardeamentos de artilharia pesada, enquanto que os revoltosos resistem durante 4 dias. Finalmente no dia 7, já sem munições, os revoltosos são forçados a render-se. O balanço final da tentativa revolucionária no Porto é de cerca de 100 mortos, 500 feridos e várias centenas de presos, para além da destruição de numerosos edifícios.
A revolução iniciou-se no dia 3, com a saída do Regimento de Caçadores 9, a que se juntaram diversos outros regimentos da região Norte. Os revoltosos dirigiram-se para a Praça da Batalha e aí ocuparam os principais edifícios governamentais. O Porto é cercado pelas tropas do governo e sujeito a bombardeamentos de artilharia pesada, enquanto que os revoltosos resistem durante 4 dias. Finalmente no dia 7, já sem munições, os revoltosos são forçados a render-se. O balanço final da tentativa revolucionária no Porto é de cerca de 100 mortos, 500 feridos e várias centenas de presos, para além da destruição de numerosos edifícios.
No dia 5 desencadeia-se a
revolução em Lisboa, com a ocupação de vários pontos estratégicos e a
adesão de muitos populares, principalmente dos operários do Arsenal da
Marinha. No dia 9 Lisboa é sujeita a diversos ataques das tropas do
governo empregando metralhadoras, artilharia e mesmo bombardeamentos
aéreos dos revoltosos. Esgotadas as munições os revoltosos são
finalmente obrigados a render-se. Após a rendição diversos marinheiros e
civis terão sido fuzilados sumariamente junto ao chafariz do Largo do
Rato.
A Ditadura Militar saindo vitoriosa sobre os revoltosos vai então retaliar com uma repressão brutal sobre todo o tipo de oposição. Sucedem-se as prisões e deportações, a demissão de funcionários hostis ao regime militar e a ilegalização de todas as associações políticas e sindicais, nomeadamente o PCP e a CGT, É também criada no Porto uma “Polícia de Informações” de carácter político que será a antecessora da PVDE e da PIDE.
A Ditadura Militar saindo vitoriosa sobre os revoltosos vai então retaliar com uma repressão brutal sobre todo o tipo de oposição. Sucedem-se as prisões e deportações, a demissão de funcionários hostis ao regime militar e a ilegalização de todas as associações políticas e sindicais, nomeadamente o PCP e a CGT, É também criada no Porto uma “Polícia de Informações” de carácter político que será a antecessora da PVDE e da PIDE.
Texto de José Manuel Varela
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