18/01/2019

A Tragédia do Navio Jacob Maersk



Proa encalhada do "Jacob Maersk", em 1975. Ao fundo o Castelo do Queijo (Forte de S. Francisco Xavier


 No dia 29 de janeiro de 1975, o superpetroleiro dinamarquês "Jacob Maersk", carregado com 88 mil toneladas de petróleo, encalhou à entrada do porto de Leixões. O motor do navio incendiou-se, provocando uma explosão que o partiu em três. Durante vários dias, os destroços do petroleiro estiveram em chamas com labaredas que atingiram os 100 metros de altura. A nuvem de fumo negro era visível em Viana do Castelo e Aveiro. Por toda a cidade o ar tornou-se quase irrespirável. Dezenas de moradores das imediações tiveram de ser internados com problemas respiratórios. Cerca de 15 mil toneladas de crude deram à costa, poluindo as praias num raio de 50 km. O custo da catástrofe foi, na altura, estimado pela OCDE em 2,8 milhões de dólares. As correntes acabaram por arrastar a proa do navio para junto do Castelo do Queijo (na imagem), onde permaneceu durante cerca de 20 anos, tornando-se quase um ícone, ainda que involuntário, da cidade.


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