Casamentos foram
no total 860, com a curiosidade dos homens serem 782 solteiros e 78 viúvos, e
das mulheres serem 824 solteiras e 36 viúvas. O número de homens que fazem
segundas núpcias é o dobro das mulheres. Não há nenhum caso de nubentes em
terceiras núpcias. É curioso que 68 dos casamentos foram celebrados entre parentes
do 1º e 2º grau, ou seja, 4 foram de tios com sobrinhas e 64 foram de primos
com primas, a maioria dos quais oriundos da classe alta ou média alta. Entre os
860 esposos constata-se que só 212 assinaram os termos dos casamentos, e entre as
esposas só assinaram 221. Os casamentos revelam que o índice de alfabetização
social era muito baixo, sobretudo entre os homens, e nas classes laboriosas. No
total percebe-se que 1287 são analfabetos (648 homens e 639 mulheres) sendo que
só 433 dos nubentes sabem ler e escrever. Outra curiosidade é que 855 dos esposos
são portugueses (a maioria oriundos do Algarve) e 5 são espanhóis, do distrito
de Huelva; entre as 860 esposas só uma era espanhola.
Nascimentos
foram no total 4209, dos quais 2133 eram masculinos e 2076 femininos. Portanto nasciam
mais homens do que mulheres, uma tendência que se mantinha de anos anteriores,
e que parecia querer equilibrar o índice demográfico dos géneros, que era
largamente favorável às mulheres.
[...] o índice da mortalidade infantil era já muito baixo, com uma taxa de sobrevivência acima dos 80% após o primeiro ano de vida. Entre a classe alta e média alta não constam nados-mortos nem falecimentos em trabalho de parto.
Fonte:
José Carlos Vilhena Mesquita
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