foto de Augusto Vilaça |
A tragédia ocorreu a 29 de Março de
1809, quando uma multidão de civis se precipitou para o Douro para
tentar fugir a uma carga de baioneta dos granadeiros de Soult. O
objectivo era atravessarem a Ponte das Barcas e chegarem a Gaia. Mais de
quatro mil pessoas, entre as quais muitas mulheres e crianças,
pereceram afogadas.
Durante largo tempo prevaleceu a tese de que a ponte
não aguentara tanto peso e desabara. Não terá sido assim. As forças
portuguesas que defendiam a Serra do Pilar tentaram travar a progressão
dos gauleses para a margem sul e foi dada ordem para se retirarem
algumas pranchas que ligavam as barcas entre si, o que deu origem a um
vão onde se precipitaram os que não conseguiram escapar devido à massa
humana que seguia atrás e que, em pânico, os empurrou para o rio.
A
estadia de Soult no Porto haveria de durar apenas dois meses, acabando
por retirar em condições miseráveis para Espanha, fugindo com os restos
do seu exército através das penedias do Gerês.
"As Alminhas da Ponte", no Cais da
Ribeira é uma obra neoclássica executada por Teixeira Lopes, um
baixo-relevo de bronze que representa o Desastre da Ponte das Barcas.
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